Taxa de financiamento imobiliário 2022: veja a estimativa até o fim do ano

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 A taxa de financiamento imobiliário 2022 subiu mais uma vez com o aumento da Selic, que passou de 9,25% em janeiro para 13,75% em setembro .

Com isso, as pessoas que sonham em comprar um imóvel por meio de um financiamento ficam com a seguinte dúvida: qual é a expectativa para o resto do ano?

Entender como essas taxas funcionam é importante para quem deseja adquirir um imóvel, afinal, os valores influenciam o montante pago.

Para ajudar você a entender melhor as taxas, continue a leitura deste artigo e confira o que dizem os especialistas.

Taxa de financiamento imobiliário 2022 : quais são as tendências até o fim do ano?

A taxa do financiamento imobiliário acompanha a taxa básica de juros utilizada pelo Banco Central, ou seja, a Selic .

Em agosto de 2020, a Selic atingiu a casa dos 2%, o menor patamar da história. Além do mais, a taxa saiu de 14,25% para 2% em 4 anos. Por isso, os financiamentos imobiliários estavam com juros menores.

No entanto, como o Banco Central usa a Selic para controlar a inflação no país, ela voltou a subir em 2022, alcançando valores acima de 13%. Com isso, os bancos que financiam imóveis precisaram aumentar os juros.

Ademais, segundo projeções de economistas do mercado financeiro, a taxa deve se manter até o fim de 2022 em 13,75%.

E o que esperar para 2023?

Assim como a economia brasileira, a taxa de juros de financiamento imobiliário é variável, podendo se alterar a qualquer momento — basta analisar a mudança drástica da Selic em janeiro (9,75%) para setembro (13,75%).

Por isso, é difícil estimar o que pode acontecer no cenário econômico nesse ano ou prever com exatidão qual será a taxa de financiamento imobiliário 2022 até dezembro.

Contudo, podemos esperar, nesse momento, que a taxa se mantenha até o fim do ano .

E como historicamente a taxa dos empréstimos imobiliários fica cerca de 3 pontos porcentuais acima da Selic, a expectativa é que os juros fiquem entre 13% e 14,5%. Mas essas taxas podem variar de acordo com a instituição financeira.

Então, o recomendado é analisar todas as suas opções, em busca da melhor taxa de juros do financiamento imobiliário 2022 .

Como está a taxa Selic atualmente?

Como vimos, a taxa Selic está em dois dígitos novamente, com projeções de se permanecer assim pelo resto do ano.

Essa crescente elevação foi provocada, principalmente, pela pandemia, que elevou os gastos dos países ao redor do mundo. Ou seja, neste momento, a inflação não é uma realidade exclusivamente brasileira.

Ademais, a alta nos juros impactará a sociedade de forma diferente . Para os investidores, ela abre muitas oportunidades, sobretudo para as pessoas com dificuldade para juntar capital para a compra de um imóvel .

Nesse caso, o aumento da Selic dá a chance de elas investirem em opções de renda fixa, como o Tesouro, com maior rentabilidade e com riscos extremamente reduzidos.

Então, se você pretende comprar um imóvel financiado e está naquela fase de planejamento financeiro, pode ser uma boa ideia aproveitar a alta da Selic para pôr o seu dinheiro para trabalhar para você.

Da mesma forma que essa taxa ajuda o país a controlar a inflação, seu aumento pode fazer com que você evite perder poder de compra em médio e longo prazos , sem precisar correr os riscos que os investimentos mais voláteis, como ações e moedas digitais, podem trazer.

E para quem quer comprar um imóvel , a regra é clara: deixe de lado a emoção e analise friamente as possibilidades que o mercado oferece.

No seu caso, o que importa é entender como o segmento imobiliário no qual você quer investir tem se comportado.

Por exemplo: se você quer comprar um imóvel parado há meses, este pode ser o momento certo para negociar um desconto, já que o proprietário pode estar precisando do dinheiro.

Assim, não resuma a sua compra à taxa de financiamento imobiliário . É verdade que ela influencia a transação e, claro, nós sempre queremos pagar o menor valor possível, mas isso não quer dizer que seja impossível fazer um excelente negócio.

Como a Selic influencia as taxas de financiamento?

A Selic é a taxa de juros básica da economia do Brasil, ou seja, ela influencia qualquer percentual de juros do país , inclusive o reajuste do financiamento imobiliário .

Isso acontece porque a taxa é utilizada pelo Banco Central para regular o volume de recursos em circulação. Ou seja, a Selic é uma das ferramentas que o país tem para controlar a inflação.

Dessa forma, ela funciona como referência para qualquer linha de crédito , seja consórcio, empréstimo consignado ou outra modalidade de financiamento . Inclusive, quando a taxa sobe, os juros do cartão de crédito, por exemplo, também aumentam.

Mas por que o governo subiria a taxa de juros? É simples: para se manter dentro da meta de inflação.

A meta da inflação definida é de 5% com 1,5 ponto percentual para mais ou para menos em 2022. Consequentemente, a taxa de financiamento imobiliário 2022 precisou ser reajustada.

Basicamente, o raciocínio é:

  • os preços aumentam devido a algum fator econômico, gerando a inflação;
  • com isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic;
  • como consequência, a taxa de juros dos financiamentos imobiliários aumenta.

Como escolher a melhor opção de financiamento a partir das taxas?

Para quem tem dúvidas sobre qual é a melhor taxa de financiamento imobiliário 2022 , saiba que optar pela opção com menor valor pode não ser a melhor escolha.

Afinal, existem outros fatores e custos — como os seguros obrigatórios e o sistema de amortização — que podem impactar o valor do financiamento, além das condições estabelecidas pela instituição financeira.

Portanto, abaixo, separamos quatro pontos que você precisa analisar para tomar a melhor decisão:

1. Prazo

Apesar de parecer vantajoso reduzir o valor das parcelas, é preciso ter atenção ao impacto dessa escolha no montante pago ao fim do financiamento. Até porque, ao longo do tempo, a taxa de juros do financiamento pode variar para mais ou para menos, dependendo da economia brasileira.

Além disso, a instituição financeira pode oferecer uma taxa de juros menor para quem vai pagar em menos tempo. Contudo, você precisa verificar se terá condições para arcar com essa despesa maior.

2. Sistema de amortização

A escolha do sistema de amortização impacta diretamente os juros pagos no financiamento.

Os principais são:

  • Tabela SAC : sistema no qual as prestações decrescem conforme você paga as parcelas — os juros incidem sobre um valor menor; por isso, a prestação é reduzida;
  • Tabela Price : as prestações se mantêm constantes.
  • Sistema de Amortização Crescente (Sacre) : é o inverso do SAC — as parcelas começam menores e aumentam com o tempo.
  • Financiamento com taxa e indexador atrelada ao IPCA : tem uma taxa fixa (2,95% a 4,95%) acrescida do valor do IPCA.
  • Financiamento com taxa atrelada à poupança : os juros variam conforme o rendimento da caderneta de poupança.

3. Custos extras

Os demais custos com a compra também precisam entrar na ponta do lápis antes de escolher o financiamento imobiliário, afinal, existem outros gastos além do valor das parcelas, como a entrada do imóvel e os custos cartorários.

Em determinadas situações, o valor das taxas é maior, mas os custos fixos são menores.

4. CET

Mais importante do que o valor da taxa de juros é o valor do Custo Efetivo Total (CET). Esse percentual mostra qual contrato é mais caro — e deve ser questionado pelo comprador sempre que ele estiver prestes a financiar algo.

O CET é um conjunto de valores que onera o negócio, como taxas e seguros obrigatórios .

Por exemplo, um contrato no fictício Banco A, com taxa de juros de 10% e CET de 15%, é mais caro do que um contrato no Banco B, cuja taxa de financiamento imobiliário está em 11%, mas o CET é de 13%.

Você já deve ter assistido a comerciais de montadoras de automóveis que vendem seus carros com “juro zero”, certo? Então, a taxa de juros desses financiamentos até pode estar zerada, mas o CET existe e vai impactar o valor das parcelas.

Aliás, se não fosse assim, o banco que financiou a compra perderia dinheiro, pois ele não recuperaria nem o valor corroído pela inflação. É claro que esse exemplo das montadoras é bem genérico e tem como objetivo ilustrar o impacto do CET, na prática.

No caso do financiamento imobiliário, é importante entender quais são os valores que compõem o CET, já que nem todos são ruins. Alguns contratos contam com seguros que podem, sim, ter grande utilidade para a vida financeira do comprador — principalmente em relação a uma compra tão importante quanto um imóvel.

Vale a pena fazer um financiamento imobiliário em 2022?

Com o aumento da taxa do crédito imobiliário, algumas pessoas podem ter dúvidas sobre financiar um imóvel em 2022. Primeiramente, analisando do ponto de vista econômico, sabemos que a expectativa é incerta.

Tratando-se de um financiamento imobiliário de 30 anos, por exemplo, é provável que as taxas variem com o tempo devido à volatilidade da economia. Portanto, não é possível prever a melhor época para comprar um imóvel .

No entanto, sabemos que, apesar das variações nos valores das taxas, os benefícios de financiar um imóvel continuam:

Sem falar que o mercado imobiliário registrou bons resultados nos anos anteriores, sendo um dos setores com melhor desempenho durante a pandemia. Inclusive, atraindo inúmeros investidores, tanto interessados em adquirir novas residências como voltados à locação.

Desse modo, mesmo que as taxas sofram aumento, ainda vale a pena financiar um imóvel.

 

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